Número
25/26
Da ironia ao cinismo: semblante e real da política lacaniana
Jésus Santiago - AME, Membro da EBP e da Associação Mundial de Psicanálise - AMP.
Endereço eletrônico: santiago.bhe@terra.com.br
Resumo: Buscando mostrar o quanto a elaboração em torno do semblante e do real é uma via fecunda para captar a especificidade e o alcance da política lacaniana, o autor se introduz nessa discussão, perguntando-se sobre a relação de Lacan com a política. Se Lacan não se enquadra em nenhuma das categorias políticas usuais, o autor, na posição de leitor atento do ensino de Lacan, propõe como traço mais marcante a desconfiança de Lacan em relação aos ideais e às utopias. Se não se vê em Lacan, nenhuma nostalgia em relação ao passado, como tampouco, nenhuma esperança quanto ao futuro, em relação ao presente e à modernidade, percebe-se seu sentimento vivo acerca de seus impasses. Quanto ao tratamento da dimensão política, faz menção ao olhar de Lacan sobre semblantes da civilização, recheado de notações sobre a política, marcadas por um tom de ironia e cinismo, muitas vezes pontuados de sarcasmos e escárnios, a partir do que é possível inferir o lado cômico da política, sem certamente desconhecer que suas consequências reais podem ser mortíferas.
Palavras-chave: semblante, real, política lacaniana, ironia, cinismo.
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>>Da ironia ao cinismo: semblante e real da política lacaniana
ORIENTAÇÃO LACANIANA
IDENTIDADE E SEGREGAÇÃO
DIVERSOS