Nova série
ano VII
Novembro 2016
ISSN 2177-2673

Número
21

O objeto (a)ssexuado

Miquel Bassols - AME, Membro da ECF, ELP, EOL, NEL, NLS e da Associação Mundial de Psicanálise – AMP. Atual presidente da AMP.
Endereço eletrônico: m.bassols@mac.com


Resumo: O início da multiplicação dos sexos ao infinito justifica a pergunta de Bassols: “Quantos sexos chegarão a ser reivindicados nesse novo século, seja em nome da ciência ou da multiplicação dos chamados gêneros?”. Uma vez que a significação do falo é o que introduz a diferença no continuum do real do sexo e o que dá ao objeto sua significação sexual para o sujeito, Bassols comenta que tal elisão colocaria o corpo do falasser como suporte do real da diferença, impossível de simbolizar. Esclarece então que a atual promoção de diversas identidades e objetos sexuais reflete na verdade um morphing do falo, que reduplicaria ao infinito, num jogo de espelhos, a dialética freudiana entre falo e castração. Uma vez que a lógica do falo não basta de fato para situar o novo real da sexualidade e do gozo que a psicanálise descobriu, Bassols vai retomar, do último ensino de Lacan, o gozo Uno – um gozo solitário, sem Outro e fundamentalmente assexuado. Tal como demonstram os testemunhos do passe, o analisando pode chegar a encontrar o objeto que está no núcleo de seu gozo mais ignorado – um gozo assexuado.

Palavras-chave: diferença sexual, significação do falo, objeto (a)ssexuado.

 

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