Nova série
ano IX
Julho 2018
ISSN 2177-2673

Número
25/26

Editorial

 

   Esse número duplo de Opção Lacaniana online nova série, surge após um lapso de tempo e de algumas revisões na perspectiva editorial da revista. Em primeiro lugar, anunciamos aos leitores que passaremos a editar dois números ao ano. Outra mudança é que os artigos da revista serão distribuídos em três rubricas: a primeira é a Orientação Lacaniana; a segunda obedece a um Tema, que será diferente a cada numero, no qual reuniremos artigos que nele se inscrevem, e a terceira, nomeada Diversos, acolherá artigos que tratam de outros temas.

   Outra boa notícia é que os leitores passam a contar com a ajuda de um sistema de busca, que facilitará muito sua pesquisa de textos publicados em nossa pesquisa por autor e por palavra-chave.

   Nesse número, publicamos na rubrica Orientação Lacaniana o texto “O Outro é mau”, de Jacques-Alain Miller que coincidentemente também contempla o tema desse número: Identidade e segregação. Tema escolhido porque as questões políticas têm se tornado, no mundo todo, cada vez mais críticas, exigindo, assim, muito debate. Tanto na Escola, como em dispositivos extensivos a ela, muito se tem contribuído, à luz da psicanálise, para esclarecer os momentos políticos atuais. Nossa revista não poderia deixar de ser mais um veículo a colaborar nessa direção.

   Assim, artigos importantes discutem a identificação e a segregação, desde a linguagem na família aos jogos políticos, passando pelos semblantes que constituem a pluralização e a rivalidade entre as identidades contemporâneas, até tocar na conceituação psicanalítica de sinthoma. Para concluir a série temática, uma entrevista sobre o testemunho da experiência de segregação dos campos de concentração de Primo Levi, que chama atenção pela transmissão singular, impossível de espelhar, que não se presta à formação de grupos, sem deixar, no entanto, de se servir dos laços sociais. Percorremos assim uma trilha crítica do fracasso e uso, por vezes cínico, da política ‘para todos’ à invenção poética, que tanto ensina à psicanálise

 

Heloisa Caldas