Número
7
Os seis paradigmas do gozo
JACQUES-ALAIN MILLER - AME, Membro da EBP, ECF, ELP,
EOL, NEL, NLS e da Associação Mundial de Psicanálise – AMP.
Endereço eletrônico: jam@lacanian.net
Resumo: Nesse texto, J.-A Miller depreende do ensino de Lacan seis paradigmas do gozo. “A imaginação do gozo” corresponde ao que Lacan retoma do libidinal em Freud como gozo imaginário, obstáculo à elaboração simbólica. “A significantização do gozo” corresponde ao momento em que Lacan privilegia o estatuto simbólico do falo e reduz a pulsão a uma cadeia significante. Ter levado uma significantização do gozo a seu termo, exige de Lacan situar “o gozo impossível”, gozo da Coisa fora do significante. “O gozo normal” corresponde às formulações de um gozo fragmentado em objetos a, situados em uma cavidade do corpo. A elaboração dos quatro discursos corresponde ao “gozo discursivo” da relação significante/gozo primitivo, do ser prévio ao sistema significante cujo corpo é afetado de gozo. O último paradigma, “o gozo da não-relação” corresponde às formulações do Seminário 20, que marcam uma virada no ensino de Lacan. A linguagem passa a ser definida como uma elucubração de lalíngua. A disjunção que marca esse paradigma se expressa: entre significante/significado, gozo/Outro, e homem/mulher resumida na fórmula: a relação sexual não existe.
Palavras-chave: pulsão; objeto a; gozo; lalíngua; não-relação sexual.
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