Número
15
“Work in regress”: sobre a inexistência do Outro e a apoteose da despalavra nos escritos de Samuel Beckett
Fabiana Lúcia Campos Baptista
Resumo: Defendendo a ideia de que a tarefa maior do
escritor contemporâneo é o esgotamento da linguagem, o
autor irlandês Samuel Beckett realiza, em seus escritos, a
ruptura com o sentido, com o ideal do Belo e com o Outro.
Sustentaremos que seus textos se articulam à ideia
lacaniana, trazida por Miller, que na época contemporânea o
“Outro não existe”. Mostraremos esse exercício beckettiano
na busca do esgotamento da linguagem, da inexistência do
Outro e da literatura da despalavra em sua trilogia
romanesca do pós-guerra, composta por Molloy, Malone Morre e O Inominável.
Palavras-chave: inexistência do Outro, esgotamento da linguagem, non-sense, Beckett.
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