Número
16
Uma minoria oprimida
Marie-Hélène Brousse - AME, Membro da ECF, NLS e da
Associação Mundial de Psicanálise – AMP.
Endereço eletrônico: brousserichard@wanadoo.fr
Resumo: A partir do atentado terrorista ao jornal parisiense Charlie Hebdo, em janeiro de 2015, Marie-Hélène Brousse destaca o implacável retorno religioso do culto ao sagrado que conta com a adesão de muita gente. A autora tece, então, considerações a respeito de uma minoria oprimida à qual diz pertencer: os deístas, agnósticos, livres pensadores e outros ateus. Pelo viés da psicanálise, analisa a problemática da crença e pontua que o ensino do último Lacan oferece uma nova definição do ateísmo: ser crédulo (dupe), sim, mas do real. Portanto, nem religioso, nem antirreligioso. Para esta minoria, a liberdade de escolha é aquela pela qual cada um decide ser crédulo (dupe) do real que o causa, condição que não pode ser negociada nem compartilhada, pois deriva da posição solitária de Um-sozinho.
Palavras-chave: Minoria; religião; real; Um-sozinho.
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