Número
12
O real como impossível de dizer
Marie-Hélène Blancard - AE da ECF e da Associação Mundial de Psicanálise – AMP.
Endereço eletrônico: marie-helene.blancard@orange.fr
Resumo: A partir de um depoimento de seu passe, a autora demonstra como Lacan deslocou o acento que havia colocado sobre o sintoma como mensagem para o sintoma como gozo. Há, no sintoma, uma parte pulsional que se satisfaz de modo fechado, pelo fato de satisfazer à repetição. Freud já destacava a exigência pulsional presente no sintoma. O último ensino de Lacan introduziu, com o sinthoma, uma nova versão do sintoma incluindo o gozo da fantasia fazendo incidir o acento sobre o gozo do inconsciente como fora do sentido. Há no inconsciente coisas que se imprimem e outras que deixam um furo, um ‘branco’ no texto, e que podem apenas ser ‘imaginadas’ de maneira a ‘ter uma ideia do que são’.
Palavras-chave: real; não sentido; acontecimento de corpo; letra de gozo.
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