Número
12
A loucura nossa de cada dia
Graciela Brodsky - AE e AME da EBP, EOL, NEL, NLS e da Associação Mundial de Psicanálise – AMP.
Endereço eletrônico: gbrodsky@lacanian.net
Resumo: Este texto deriva de um seminário de estudo dado pela autora sobre a clínica das psicoses, tal como a psicanálise de orientação lacaniana a entende e a renova. Ela parte de considerações sobre a clínica e a prática da psicanálise para pensar a psicose em Freud e nas diferentes abordagens dadas a ela por Lacan. A primeira clínica das psicoses a partir de Lacan foi a clínica estruturalista, tornando-se depois a clínica borromeana, ou seja, a segunda clínica lacaniana das psicoses. Esta última, com sua máxima: ”todo mundo é louco, ou seja, delirante”, relativiza o efeito terapêutico e a referência à normalidade. Se todo mundo delira, onde está a normalidade? A normalidade é um delírio. A segunda clínica lacaniana das psicoses não só destrói toda ideia de normalidade, como também amplia o conceito de sintoma, extraindo-o do lugar que ele ocupava nas neuroses. A autora desenvolve, então, o que a psicose ensina à psicanálise e por que podemos dizer que todo mundo delira, a partir de referências tomadas de Jacques-Alain Miller.
Palavras-chave: psicopatologia; clínica psicanalítica; psicose; neurose; delírio.
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