Amor lúbrico
Alheado na monotonia de uma ficção que se repete, o sujeito é despertado em seu desejo por um encontro imprevisto. Entretanto, é justamente da desarmonia, da disparidade desse encontro que pode surgir a significação do amor: uma tentativa de dar sentido a essa inadequação. A autora ilustra essa tentativa com os personagens de um conto de Marçal Aquino, “Sete epitáfios para uma dama branca”... saiba mais.
O maior amor do mundo
A autora utiliza o argumento do filme “O maior amor do mundo”, de Cacá Diegues, para pensar um dos nomes do amor. O filme relata a história de um homem que, na solidão de um câncer terminal, descobre um novo sentido para o desamor do pai, quando este lhe revela a dor de ter perdido, no parto, a mulher que ele tanto desejara: sua verdadeira mãe. A salvação do personagem acaba decorrendo de sua própria insistência em obter do pai um nome para esse amor, humanizando esse desejo que o gerou. Esse filme ilustra o que Lacan nos diz em RSI: um pai só tem o direito ao amor e ao respeito se ele tiver feito de uma mulher a causa do seu desejo... saiba mais
“Eu não posso dar o que os homens chamam amor”:
Sintoma e nome próprio na obra de Machado de Assis
Foi necessário a Machado de Assis um longo percurso para que a frase “eu não poso dar o que os homens chamam amor”, presente em Memorial de Aires, ecoasse não como o registro de uma impotência, mas de uma impossibilidade: fazer existir a relação sexual. Aproximando o tratamento analítico da escrita literária, a autora destaca nesta o trabalho de construção de um nome próprio e, através de um rastreamento dos detalhes sintomáticos da obra machadiana, chega a um modo distinto, próprio de gozar, ao qual ela associa o estilo do autor... saiba mais.